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segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Educar sem palmada
Eu queria muito saber em que fundamento consiste a frase "melhor apanhar dos pais em casa do que da polícia na rua" ?!?!?!?! Pra mim não faz sentido nenhum essa afirmação. Mesmo sem estudar o mínimo sobre criação, essa frase nunca se encaixou nos meus pensamentos sobre como educar minha filha. E depois de algum tempo lendo e aprendendo, dar palmada ou mesmo agredi-la verbalmente está fora de cogitação para mim.
Em um estudo canadense de Durrant e Ensom*, li o seguinte " a punição física durante a infância está associada a problemas de comportamento na vida adulta, incluindo depressão, tristeza, ansiedade, sentimentos de melancolia, uso de drogas e álcool, e desajuste psicológico geral", isso sim faz o maior sentido para mim.
Veja bem, não estou dizendo que é fácil a mudança do padrão de educar, pois culturalmente estamos acostumados a levantar a mão e a voz a uma criança. Ouvimos diariamente na rua pais xingando seus filhos ou batendo neles porque estão fazendo escândalo no supermercado por exemplo. Mas se você observar melhor, no fundo, a criança está frustrada com alguma situação, e a "birra" é o jeito que ela conhece de tentar fazer ouvir seus desejos (naquele momento ela pode estar com sono, fome, entediada, cansada...). O que colocamos pra fora, em forma de violência, é a nossa frustração em não saber lidar com a situação, seja porque estamos estressados no dia a dia, seja porque fomos educados assim, seja porque não conseguimos ou não sabemos conversar com nossos filhos ou, acredito mais nessa hipótese, não sabemos como lidar com os nosso filhos desde recém nascido.
A mudança no padrão de comportamento do adulto com relação a violência infantil, tem que ser um trabalho de formiguinha, ser construído aos poucos, pois é realmente muito difícil. Eu comecei a minha mudança à partir do momento que engravidei, apesar de nunca ter concordado com castigos físicos e psicológicos. Me policio 24hs por dia, 7 dias por semana, para não fazer uso da minha frustração ou estresse para educar a minha filha, e com isso vou ganhando experiência e trabalhando minha paciência, ganhando a confiança da minha filha e dando exemplo positivo, porque novamente, não é fácil, mas é totalmente possível educar sem palmada!
*Durrant J, Ensom R. Physical punishment of children: lessons from 20 years of research. CMAJ 2012;184:1373–6.
Leia mais em:
http://www.cientistaqueviroumae.com.br/blog/textos/educacao-sem-violencia-porque-bater-nao-e-educar
Beijocas,
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