domingo, 26 de julho de 2015

Liberdade de Escolha, "O PARTO"!



A gravidez está sendo acompanhada através do pré-natal, o planejamento orçamentário está sendo feito para comprar o enxoval e arrumar o quartinho do bebê, a decoração para o chá de bebê está sendo pesquisada, a busca pelo nome do bebê está sendo feita através de livros e pesquisa na internet. Mas algo está faltando: buscar informações sobre a via de nascimento do bebê, ou "O PARTO"!

Parto Normal ou Cesárea? Saiba que não é só isso, existe o Parto Normal Hospitalar, Natural, Humanizado, em Casa de Parto, Domiciliar, Desassistido, Fórceps, à Vácuo. Ou ainda, Cirurgia cesariana, agendada, de emergência, intraparto. São muitas as maneiras que um bebê pode chegar ao mundo, mas será que estamos preparadas para poder escolher qual queremos e/ou qual é a melhor, mais saudável e com mais benefícios para mãe e bebê?

Cada vez mais essa escolha não é permitida, e sim imposta pelo médico, por comodidade dele, ou mesmo pela sociedade, que insiste em nos dar "conselhos" inúteis e desnecessários.
Mas será que não podemos mesmo questionar? Será que somente porque o médico passou anos estudando sobre o assunto, ele tem o direito total e absoluto sobre MEU corpo e sobre MEU filho? Será que não posso questionar o médico até mesmo sobre os procedimentos que serão feitos no MEU corpo e com MEU bebê? Sim, PODE e DEVE questionar à todos! Questione o médico fofo, aquele que é médico da família há anos ou aquele indicado pela amiga. Questione os mitos da nossa sociedade, as culturas impostas. Devemos questionar e pesquisar sempre, pois só assim teremos a tão sonhada Liberdade de Escolha. Como disse no começo, planejamos, pesquisamos e buscamos várias informações sobre tudo quando estamos grávidas, então por que não buscar informação de qualidade, segura e com embasamento científico para, aí sim, poder ESCOLHER qual a melhor maneira de um filho nascer?
Sendo assim, acredito que com essas questões já consegui abrir um leque para você  buscar informações. Lembrando que uma equipe que acolha as suas escolhas é essencial para você ser respeitada.

Vou ajudar colocando aqui dois sites que são recheados de informações seguras e de confiança para você poder começar a se munir e você consegue encontrar outros também:

Blog da Dra. Melania Amorim, uma médica obstetra que atua baseada em evidência científica:
http://estudamelania.blogspot.com.br/

Blog da Dra. Ligia Moreiras Sena, uma profissional respeitada e engajada, que quer transmitir seu  conhecimento, passando informação de qualidade:
http://www.cientistaqueviroumae.com.br/

O filme O Renascimento do Parto também ajuda com algumas questões sobre a cultura de parto no nosso país, as diferenças sobre o parto e a cesariana e o atendimento humanizado.

Alguns livros também são válidos para ajudar na escolha:

- Parto Ativo, Janet Balaskas
- Parto Normal ou Cesárea? O que toda mulher deve saber (e homem também), Simone Diniz e Ana Cristina Duarte, Ed. UNESP
- Renascimento do Parto, Michel Odent
- Quando o corpo consente, , Therese Bertherat, Marie Bertherat e Paule Brung
- Parto com Amor, Luciana Benatti e Marcelo Min

Questione, estude, pense, saia da zona de conforto.

Boa leitura!

Beijocas,

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Picos de crescimento e saltos de desenvolvimento



Saiba que quando o seu bebê está mais choroso, querendo mais colo, está dormindo super mal, pedindo mais a atenção da mãe e anda solicitando mais mamadas, não significa que ele é manhoso ou só está querendo te enlouquecer. Os bebês passam por algumas fases de desenvolvimento, onde tudo isso que citei é normal, basta ter paciência e atender aos pedidos do pequeno, que em alguns dias tudo volta ao normal, seu bebê volta a ser aquela coisinha fofa e risonha de sempre.
Abaixo vou citar os períodos prováveis onde essas fases acontecem. Elas podem surgir um pouco antes ou depois, em maior ou menor intensidade. Mas a notícia boa é que elas passam e deixam saudade.

Saltos de desenvolvimento

Saltos de desenvolvimento são aquisições de habilidades funcionais específicas que ocorrem em determinados períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há alguns períodos de desenvolvimento acelerado e outros onde há uma desaceleração.
Toda vez que seu bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavras, um dos ‘efeitos colaterais’ desse trabalho todo que o cérebro dos bebês está fazendo é que eles não dormem tão bem quanto o fazem em períodos que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.

Então prepare-se, os saltos acontecem geralmente com:
  • 5 semanas (1 mês)
  • 8 semanas (quase 2 meses)
  • 12 semanas (quase 3 meses)
  • 19 semanas (4 meses e meio)
  • 26 semanas (6 meses)
  • 30 semanas (7 meses)
  • 37 semanas (8 meses e meio)
  • 46 semanas (quase 11 meses)
  • 55 semanas (quase 13 meses)
  • 64 semanas (quase 15 meses)
  • 75 semanas (17 meses)
Picos de crescimento

Picos de crescimento são fenômenos que se referem ao crescimento do bebê em si, e não ao seu desenvolvimento. Nos períodos de picos os bebês começam a solicitar mais mamadas do que o usual, pois precisam de mais alimento para crescer nesse ritmo agora mais acelerado. Então o bebê que dormia longos períodos à noite pode começar a acordar mais e solicitar mais mamadas. Esta necessidade geralmente dura de poucos dias a uma semana, seguido de um retorno ao padrão menor de mamadas, mas agora com o organismo da mãe adaptado a produzir mais leite.
É muito importante respeitar a demanda aumentada de mamadas, pois somente com a livre demanda é que a produção de leite materno se ajusta perfeitamente às necessidades do bebê.

Os picos acontecem geralmente com:
  • 7 a 10 dias
  • 2 a 3 semanas
  • 4 a 6 semanas
  • 3 meses
  • 4 meses
  • 6 meses
  • 9 meses (em torno)
Os picos de crescimento não param no primeiro ano. Podem ocorrer no decorrer do crescimento da criança, incluindo, por exemplo, a adolescência.

Essa tabela eu SEMPRE usei com a Sofia. Qualquer comportamento fora do "comum" dela eu já corria para consultar se era alguma fase, e geralmente era certeiro.
É óbvio que o comportamento de uma criança não se resume somente a isso, mas é uma mão na roda, principalmente para aceitar com mais facilidade essas difíceis mudanças, pois são fases bem cansativas para mãe, mas que valem a pena, porque as habilidades adquiridas nos deixam babando. Sem contar que nos ajuda na empatia para com nosso filho, podemos entender mais profundamente o que está se passando com nosso pequeno ser.
Essa é uma referência que obtive no site da AMS Brasil. Nele também há muitas explicações, inclusive o que pode acontecer de habilidades do seu filho de acordo com idade dele ou quais os outros comportamentos que você pode verificar quando está passando por algum pico. É muito interessante, vale a pena a leitura!

Beijocas,

domingo, 5 de julho de 2015

A verdade sobre as indicações de cesariana



O índice de cirurgia cesariana vem crescendo cada vez mais nas maternidades, seja ela pública ou privada. No Brasil, a média está em torno de 53%, sendo que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10% a 15% o aceitável (que seriam os casos de verdadeira indicação). Nas maternidades particulares, chega a 88% o índice de cirurgias. Por que será que estamos com índices tão altos de cesariana? Descubra abaixo.

Foi feito um levantamento das indicações reais e falsas para a realização da cesárea. As reais são baseadas em evidências científicas, já as falsa são, em sua maioria, relatadas por pacientes e algumas são as mais utilizadas como desculpas (no mundo todo, mas principalmente no Brasil).

Indicações reais e fictícias para se fazer uma cesárea:

REAIS - Casos onde não é possível a realização do parto vaginal, com risco de complicações ou morte da mãe ou bebê:

1) Prolapso de cordão (o cordão umbilical sai antes do bebê)– com dilatação não completa;
2) Descolamento prematuro da placenta com feto vivo – fora do período expulsivo;
3) Placenta prévia parcial ou total (a placenta está posicionada na saída do bebê, impedindo sua passagem);
4) Apresentação córmica (situação transversa, atravessado na barriga) - durante o trabalho de parto (antes pode ser tentada a versão com profissional especializado);
5) Ruptura de vasa praevia;
6) Herpes genital com lesão ativa no momento em que se inicia o trabalho de parto (em algumas diretrizes, somente se for a primoinfecção herpética).

PODEM ACONTECER - porém frequentemente são diagnosticadas de forma equivocada:
1) Desproporção cefalopélvica (cabeça do bebê maior que a pelve da mãe) - o diagnóstico só é possível intraparto, através de partograma e não pode ser antecipado durante a gravidez;
2) Sofrimento fetal agudo (o termo mais correto atualmente é "freqüência cardíaca fetal não-tranqüilizadora", exatamente para evitar diagnósticos equivocados baseados tão-somente em padrões anômalos de freqüência cardíaca fetal);
3) Parada de progressão que não resolve com as medidas habituais (correção da hipoatividade uterina, amniotomia), ultrapassando a linha de ação do partograma.

SITUAÇÕES ESPECIAIS EM QUE A CONDUTA DEVE SER INDIVIDUALIZADA - considerando-se as peculiaridades de cada caso e as expectativas da gestante, após informação:
1) Apresentação pélvica (recomenda-se a versão cefálica externa com 37 semanas mas se não for bem sucedida, discutir riscos e benefícios com as gestantes: o parto pélvico só deve ser tentado com equipe experiente e se for essa a decisão da gestante);
2) Duas ou mais cesáreas anteriores (o risco potencial de uma ruptura uterina – variando de 0,5% - 1% - deve ser pesado contra os riscos de se repetir a cesariana, que variam desde lesão vesical até hemorragia, infecção e maior chance de histerectomia);
3) hiv/aids (cesariana eletiva indicada se HIV + com contagem de CD4 baixa ou desconhecida e/ou carga viral acima de 1.000 cópias ou desconhecida); em franco trabalho de parto e na presença de ruptura de membranas, individualizar casos.

FICTÍCIAS - Algumas desculpas utilizadas pelos profissionais para realizar uma DESNEcesárea (em ordem alfabética). Muitos profissionais indicam como se fossem indicações reais, porém não utilizam as informações baseados em evidências científicas, na maioria das vezes indicam por medo, não saber fazer o procedimento ou até mesmo para ganhar tempo:

1.  Abdominoplastia prévia
2.  Aceleração dos batimentos fetais
3.  Adolescência
4.  Ameaça de chuva/temporal na cidade
5.  Anemia falciforme
6.  Ameaça de parto prematuro (?)
7.  Anemia ferropriva
8.  Anemia de qualquer tipo (entendam, gestantes, a cesariana vai agravar a anemia, uma vez que a perda sanguínea é cerca de 500ml no parto normal e 1.000ml na cesariana
9.  Anencefalia
10. Anticoagulação (uso de warfarin que já deveria estar suspenso a termo, uso de heparina de baixo peso molecular, uso de heparina convencional)
11.  Artéria umbilical única
12.  Asma
13.  Assalto ou outras formas de violência (gestante ou familiar foi vítima de assalto, então o bebê pode ficar estressado)
14.  Acidente Vascular Cerebral (AVC) prévio
15.  Bacia "muito estreita"
16.  Baixa estatura materna
17.  Baixo ganho ponderal materno/mãe de baixo peso
18.  Bebê alto, não encaixado antes do início do trabalho de parto
19.  Bebê profundamente encaixado
20. Bebê que não encaixa antes do trabalho de parto
21.  Bebê "grande demais" (macrossomia fetal só é diagnosticada se o peso é maior ou igual que 4kg e não indica cesariana, salvo nos casos de diabetes materno com estimativa de peso fetal maior que 4,5kg. Não se justifica ultrassonografia a termo em gestantes de baixo risco para avaliação do peso fetal).
22.  Bebê "pequeno demais"
23.  Bebê engolindo o líquido amniótico
24.  Bebê flagrado apertando o cordão durante a ultrassonografia, o que aparentemente levou a bradicardia
25.  Bilhete ou telefonema do prefeito/secretário de saúde de município próximo – Bilhete de qualquer político
26.  Bolsa rota (o limite de horas é variável, para vários obstetras basta NÃO estar em trabalho de parto quando a bolsa rompe)
27.  Calcificação da sínfise púbica (alegando-se que ocorreria em TODAS as mulheres com mais de 35 anos, impedindo o parto normal)
28.  Candidíase
29.  Cardiopatia (o melhor parto para a maioria das cardiopatas é o vaginal)
30.  Cegueira materna
31.   Ceratocone
32.  Cesárea anterior
33.  Chlamydia, ureaplasma e mycoplasma
34.  Circular de cordão, uma, duas ou três “voltas” (campeoníssima – essa conta com a cumplicidade dos ultrassonografistas e o diagnóstico do número de voltas é absolutamente nebuloso)
35.  Cirurgia gastrointestinal prévia
36.  Colestase gravídica
37.  Coleta de sangue do cordão umbilical para congelamento e preservação de células-tronco
38.  Colo grosso, colo posterior, colo duro, colo alto e (paradoxalmente) colo curto
39.  Colostomia (sim, porque é melhor fazer uma incisão abdominal perto do estoma com fezes do que um parto normal bem distante da área...)
40.  Conização prévia do colo uterino
41.  Condilomas (verrugas genitais) que não provocam obstrução do canal de parto.
42.  Constipação (prisão de ventre)
43.  Cordão curto (impossível a mensuração antes do nascimento)
44.  Cálculo renal (nefrolitíase)
45.  Data provável do parto (DPP) próximo a feriados prolongados e datas festivas (incluindo aniversário do obstetra)
46.  Datas significativas como 11/11/11 ou 12/12/12 (ainda bem que a partir de 2013 precisaremos esperar o próximo século mas ainda inventam outras...)
47.  Diabetes mellitus clínico ou gestacional
48.  Diagnóstico de desproporção cefalopélvica sem sequer a gestante ter entrado em trabalho de parto e antes da dilatação de 8 a 10 cm
49.  Disfunção da sínfise púbica
50.  Dorso à direita, dorso posterior, ou dorso em qualquer outro lugar
51.  Edema de membros inferiores/edema generalizado
52.  Eletrocauterização prévia do colo uterino
53.  Endometriose em qualquer grau e localização
54.  Enxaqueca materna
55.  Epilepsia e uso de qualquer droga antiepiléptica
56.  Escoliose
57.  Espondilite anquilosante – Qualquer espondiloartropatia
58.  Estreptococo do Grupo B (EGB) no rastreamento com cultura anovaginal entre 35-37 semanas
59.  Exérese prévia de pólipos intestinais por colonoscopia
60.  Falta de dilatação antes do trabalho de parto
61.   Falta de vagas nos hospitais se a gestante não marcar a cesárea
62.  Feto com “unhas compridas”
63.  Feto morto
64.  Fibromialgia
65.  Fratura de cóccix em algum momento da vida
66.  Gastroplastia prévia (parece que, em relação ao peso materno, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come)
67.  Gestação gemelar com os dois conceptos, ou o primeiro, em apresentação cefálica
68.  Gestante saudável demais, correndo o risco de ter um parto fácil e muito rápido, podendo parir antes de chegar ao hospital, com risco de morte do bebê
69.  Gravidez não desejada
70.  Gravidez prolongada
71.  Grumos no líquido amniótico
72.  Hemorroidas
73.  Hepatite B e Hepatite C
74.  Hérnia de disco, operada ou não, em qualquer segmento da coluna vertebral
75.  Hérnia inguinal, hérnia incisional e hérnia umbilical
76.  Hiperprolactinemia
77.  Hipertireoidismo
78.  Hipotireoidismo
79.  História de cesárea na família
80. História de câncer de mama ou câncer de mama na gravidez
81.  História de depressão pós-parto
82.  História de natimorto ou óbito neonatal em gravidez anterior
83.  História de trombose venosa profunda
84.  História familiar de fibrose cística do pâncreas
85.  HPV com ou sem NIC
86.  Idade materna “avançada” (limites bastante variáveis, pelo que tenho observado, mas em geral refere-se às mulheres com mais de 35 anos)
87.  Incisura nas artérias uterinas (pesquisada inutilmente, uma vez que não se deve realizar oplervelocimetria em uma gravidez normal)
88.  Incontinência urinária de esforço ou estar fazendo muito xixi no final da gravidez
89.  Infecção urinária
90.  Inseminação artificial, FIV, qualquer procedimento de fertilização assistida (pela ideia de que bebês “superdesejados” teriam melhor prognóstico com a cesárea) – motivo pelo qual esses bebês aqui no Brasil muito raramente nascem de parto normal
91.  Insuficiência istmocervical (paradoxalmente, mulheres que têm partos muito fáceis são submetidas a cesarianas eletivas com 37 semanas SEM retirada dos pontos da   circlagem)
92.  Insuficiência Renal Aguda ou Crônica
93.  Laparotomia prévia
94.  Lesão medular (habitualmente acarretando paralisia: tetraplegia, paraplegia, hemiplegia, diplegia, dependendo do nível da lesão): essas mulheres em geral são cadeirantes e podem ter partos sem dor, mas o diagnóstico não é indicação de cesárea!
95.  Líquido amniótico em excesso
96.  Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
97.   Magreza da mãe
98.  Malformação cardíaca fetal
99.  Mecônio no líquido amniótico (só indica cesariana se houver associação com padrões anômalos de frequência cardíaca fetal, sugerindo sofrimento fetal)
100.  Mioma uterino (exceto se funcionar como tumor prévio)
101.  Miscigenação racial (pelo “elevado risco” de desproporção céfalo-pélvica)
102.  Neoplasia intraepitelial cervical (NIC)
103.  Nó verdadeiro de cordão (impossível o diagnóstico antenatal, sorry)
104.  Obesidade materna
105.  Paciente “não tem perfil para parto normal”
106.  Paciente “não ajuda para o parto normal” (momento vidente ON: “no fundo ela quer cesárea”)
107.  Parto “prolongado” ou período expulsivo “prolongado” (também os limites são muito imprecisos, dependendo da pressa do obstetra). O diagnóstico deve se apoiar no partograma. O próprio ACOG só reconhece período expulsivo prolongado mais de duas horas em primíparas e uma hora em multíparas sem analgesia ou mais de três horas em primíparas e duas horas em multíparas com analgesia. Na curva de Zhang o percentil 95 é de 3,6 horas para primíparas e 2,8 horas para multíparas)
108.   “Passou do tempo” (diagnóstico bastante impreciso que envolve aparentemente qualquer idade gestacional a partir de 39 semanas)
109.  Perineoplastia anterior
110.  Pé nas costelas
111.  Pé torto congênito
112.  Placenta grau III ou II ou I ou qualquer outra classificação placentária
113.  Placentas baixas não oclusivas do colo do útero
114.  Plaquetopenia
115.  Pólipos uterinos
116.  Possível falta de vaga em maternidade para um parto normal, caso a gestante não marque a cesárea
117.  Pouco líquido no exame ultrassonográfico (sem indicação no final da gravidez em gestantes normais)
118.  Praticar musculação ou ser atleta
119.  Pressão alta
120.  Pressão baixa
121.  Problemas oftalmológicos, incluindo miopia, grande miopia, ceratocone  e descolamento da retina
122.  Profissão professora
123.  Prolapso de valva mitral
124.  Prótese total de quadril
125.  Prurido gestacional
126.  Qualquer malformação fetal incompatível com a vida
127.  Qualquer procedimento cirúrgico durante a gravidez
128.  Queloide ou tendência a queloide podendo complicar uma episiotomia (e a cesárea não? E para que fazer episiotomia?)
129.  Reação vasovagal
130.  Sedentarismo
131.   Septo uterino/cirurgia prévia para ressecção de septo por via   histeroscópica
132.  Ser bailarina
133.  Sono fetal (bebê que dorme durante o trabalho de parto)
134.  Suspeita ecográfica de mecônio no líquido amniótico
135.  Síndrome de Down e qualquer outra cromossomopatia
136.  Síndrome de Ovários Policísticos (SOP)
137.  Tabagismo
138.  Trabalho de parto prematuro
139.  Trânsito urbano muito intenso
140.  Tricomoníase
141.  Trombofilias
142.  Trombose venosa profunda
143.  Varizes uterinas
144.  Uso de antidepressivos ou antipsicóticos
145.  Uso de aspirina e outros antiagregantes plaquetários (ex.: clopidogrel)
146.  Útero bicorno
147.  Útero retrovertido
148.  Vaginose bacteriana
149.   Varizes na vulva e/ou vagina
150.  Violência urbana, impedindo obstetra (famoso) de sair de casa à noite ou alegada como pretexto para que as gestantes também não sigam o perigoso percurso até a maternidade

Essa lista foi feita por uma médica obstetra que trabalha com evidências científicas Dra Melania Amorim, juntamente com Ana Cristina Duarte, obstetriz. Você pode encontrar mais informações no
 link abaixo:

http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/08/indicacoes-reais-e-ficticias-de.html?q=desculpas

Beijocas,

sábado, 4 de julho de 2015

Expectativas sobre o sexo do bebê



Quando estamos grávidas, uma das primeiras perguntas que ouvimos é: já sabe o sexo do bebê?
Automaticamente, ouvimos essa pergunta assim que informamos a gravidez ou a pessoa vê a barriga que está crescendo. Muitas vezes também, tentam adivinhar, afinal, “sua barriga é muito redonda, tenho certeza que é menina”, ou “sua barriga é pontuda, tenho certeza que é menino”. Tem aquela que, se você já é mãe de uma menina diz “tomara que seja um menininho agora né!?” ou o contrário.

Conheço muitas mães que não querem saber o sexo do bebê que estão esperando, seja por que realmente não se importa, afinal o importante é que venha com saúde, óbvio, seja porque já tem uma menina e gosta de cuidar de menina, ou vice e versa, seja porque não se preocupa em ter um casal, dois meninos, ou um time deles, seja porque quer sentir a emoção de descobrir somente na hora do parto. Enfim, muitas razões e acho mais que justo, respeitar o desejo da família, sem tentar forçar a barra para ninguém se aborrecer.

Eu não tive problema nenhum com isso, até porque eu queria muito saber o que eu estava esperando, acho que muito por conta do enxoval, nome e mais um milhão de coisas que passa na cabeça de uma gestante, principalmente de primeira viagem. Porém, com o passar das semanas e algumas tentativas falhas de tentar descobrir o sexo do meu bebê, eu já estava quase desistindo e começando a pensar em fazer enxoval e decoração unissex. Comecei até a pesquisar roupas e acessórios com cores neutras, sem muito frufru ou caminhõezinhos, foi então que senti na pele como é difícil hoje em dia você não saber se o que está por vir é menina ou menino. Mas esse assunto rende, e vai ficar pra outro post.

Se for curiosa, ansiosa e quiser saber se o bebê que espera é menino ou menina, estou escrevendo um post um tanto divertido e recheado de testes e outras coisitas mais. Aguarde!

Para o próximo bebê, acho que não vou querer saber o sexo. Será que consigo segurar a ansiedade? Também posso mudar de ideia, afinal, quando estamos grávidas podemos tudo!

Beijocas,

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Noticiando a gravidez!



Já ouvi/li várias maneiras de como noticiaram a gravidez para o marido, parentes e/ou amigos. Então gostaria de dividir com vocês como foi comigo.

Meu marido e eu nos conhecemos pela internet, então o jeito que arrumei de contar a novidade para ele foi através de uma apresentação que fiz em um programa de computador, que enviei para o e-mail dele. Nesse dia estávamos em casa, eu na sala e ele no quarto trabalhando no computador. Enviei o e-mail pelo lap top e fiquei aguardando encostada na porta do quarto para ver a reação dele. Ele assistiu a apresentação e na mesma hora abriu um sorriso de orelha a orelha. Ambos com olhos marejados nos olhamos, nos abraçamos e nos beijamos. Estamos bobos e babões até hoje com a Sofia em nossas vidas.

Para contar para a minha família, eu aguardei fazer o ultrassom, gravei em DVD, e reuni todos em um almoço de domingo em casa. Depois de almoçar, coloquei o DVD para eles assistirem e falei que ali estava o novo membro da família. Todos acharam que era pegadinha, pois a minha gravidez foi muito desejada por todos (primeiro neto da parte da minha família) e não imaginaram que eu iria noticiar daquela maneira, ou que eu iria aguentar segurar a notícia por tanto tempo (estava de 7 semanas). Tive que mostrar todos os exames com meu nome, aí sim acreditaram, ficaram todos muito felizes.

Já para a família do meu marido, que mora em outra cidade, tivemos que esperar um pouco mais para contar, pois queríamos contar pessoalmente. Então nós viajamos até lá, e quando estavam todos reunidos na sala, falamos que tinha uma pessoinha a mais ali, e na mesma hora eles se encheram de felicidade e vieram nos abraçar e parabenizar.

Os amigos ficaram sabendo logo em seguida, a maioria pela internet. Com todo esse negócio de Redes Sociais, está cada vez mais difícil de conseguir segurar uma notícia, principalmente uma como essa. Mas acho válido, recebemos tanto carinho, amor e energias positivas, que nos sentimos ainda mais amados por todos.

Continuo adorando ouvir/ler relatos de como noticiar uma gravidez. Provavelmente numa próxima gestação farei tudo diferente, então sugestões e histórias serão sempre bem vindas para servir de inspiração!

Beijocas,

Será que estou grávida?



Quando a menstruação atrasa ou você sente qualquer enjoo, a primeira pergunta que vem na cabeça é: "Será que estou grávida?". Comigo aconteceu algumas vezes, mas foi apenas uma vez que o resultado foi POSITIVO!

Geralmente, os sintomas que mais levam as mulheres a fazer o teste de gravidez são: atraso menstrual, enjoos, tontura, desejo por coisas diferentes, sono ou fome. Fome? Sim, meu primeiro sintoma de gravidez foi fome! Sem saber que estava grávida, eu comentava com todo mundo que parecia que tinha uma sucuri na barriga ou que eu era um saco sem fundo, porque minha fome era infinita.

Depois de algum ou alguns dos sintomas mencionados, a primeira coisa que queremos fazer é um teste rápido, daqueles de farmácia mesmo, que você usa a urina, geralmente a primeira da manhã onde está concentrada em maior quantidade aquele hormônio que liberamos na gestação, o HCG. Na maioria dos testes, se você visualizar 2 listras, parabéns, você está grávida! Se der negativo, você tem 2 opções, repetir o teste se os sintomas continuarem, ou partir para um exame um pouco mais invasivo. No meu caso, eu fiz o teste de urina, e a segunda listra deu tão fraquinha, que eu não acreditei muito, então busquei a outra opção imediatamente.

Vamos então para o segundo teste, ou primeiro para algumas mulheres menos ansiosas (o que não é meu caso): o exame de sangue. Ele se chama Beta HCG, é um simples exame de sangue, geralmente não precisa estar em jejum e pode demorar algumas horas a um dia para sair o resultado, porém, na minha opinião, esse é o resultado mais confiável.

E finalmente, a ultrassonografia transvaginal para visualizar o embrião, verificar se ele está no lugar certo, os batimentos cardíacos, medir e saber se é feto único ou se são múltiplos. Esse exame só é feito com pedido médico, ou seja, nesse estágio, você já terá feito a sua primeira consulta de pré natal. Um detalhe muito importante, é que nessa primeira ultrassom, será verificado também, através dos dados do bebê, qual a idade gestacional e calculado a Data Provável do Parto (DPP).

Eu só acreditei mesmo que estava grávida depois do ultrassom, até porque eu queria saber se estava tudo certo antes de comemorar. Tem mulheres que sabem antes mesmo da menstruação atrasar, outras nem precisam fazer teste, a intuição e o conhecimento do próprio corpo já sopra aos ouvidos e ao coração. E com você, como foi?

Beijocas,