À partir do meio desse ano (2015), as cesáreas desnecessárias eletivas (aquelas com hora marcada e sem indicação clínica) não serão pagas/aprovadas pelo plano de saúde. Os médicos terão que enviar um relatório detalhado caso seja uma indicação real e absoluta para marcar a cirurgia e/ou deverá apresentar o Partograma (que contém informações sobre o andamento do trabalho de parto). Os médicos, hospitais e os convênios também serão obrigados a passar a taxa (%) de cesariana que eles tem (quantas cesarianas X partos normais que eles realizam) se a gestante solicitar. E as gestantes terão direito ao cartão da gestante de acordo com o padrão do Ministério da Saúde.
Isso mostra que as operadores dos planos de saúde abriram os olhos para as altas taxas de cesariana (muitas vezes desnecessárias) que eles tinham que pagar, fora as internações nas dependências do hospital e/ou UTI, decorrentes dos riscos dessa cirurgia.
Além disso, o Ministério da Saúde constatou, através de uma pesquisa chama Nascer no Brasil, que chega a 88% os nascimentos via cirurgia cesariana na saúde suplementar e esse é um número alarmante, pois também é uma questão de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde recomenda apenas 15%, ou seja, apenas 15% das mulheres podem precisar de uma cesárea, seja por indicação clínica ou por intercorrência na hora do trabalho de parto.
Fonte e estudo: http://estudamelania.blogspot.com.br/2012/11/estudando-cesarea-desnecessaria.html"A conclusão do estudo da OMS é que cesarianas associam-se com um risco intrínseco de desfechos maternos graves e que somente deveriam ser realizadas quando um claro benefício é antecipado, compensando os custos maiores e os riscos adicionais associados com a cirurgia." Melania Amorim, obstetra.
Tudo isso não significa que a cesárea está proibida no Brasil, as medidas significam apenas que os médicos terão que exercer sua função com responsabilidade e respeito a mulher e ao bebê. Informá-la durante o pré-natal dos benefícios e risco de ambas vias de nascimento (parto normal e cesariana), terão que aguardar a mulher entrar em trabalho de parto e conduzi-lo como deve ser ou então a mulher/família terá que arcar com os custos de uma cirurgia eletiva quando desnecessária clinicamente.
Saiba mais sobre as mudanças em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34963&catid=564&Itemid=101
Beijocas,
Nenhum comentário:
Postar um comentário