quinta-feira, 30 de abril de 2015

Parto Domiciliar - Nascimento da Heloisa 28/01/15

Às 9h45 da manhã do dia 28/01/15, numa quarta-feira, recebo uma ligação muito esperada. Era a Aline, minha amiga e xará, dizendo que estava sentindo contrações fortes, que sabia que era a hora e pediu para que fôssemos ao seu encontro (meu marido foi junto, ele que iria fotografar o parto). No mesmo instante, avisou também o Vinícius, seu marido, e as parteiras, afinal, o parto seria domiciliar.
A manhã passou, chegamos na casa dela por volta das 12h e ela estava ótima. Contrações fortes e doloridas, mas nos intervalos muita conversa, lanchinho que a mãe preparou, massagens, dança e a voz doce e suave da sua filha mais velha, a Lalá (quase 3 anos), que se mostrou uma ótima doulinha, cantando, fazendo carinho e abraçando sua mãe e o barrigão (o sexo do bebê era surpresa para todos).
Por volta das 14h, as dores ficaram mais intensas e os intervalos diminuíram. Uma vontade de ficar no banheiro com o marido, talvez um pouco mais de privacidade, e depois ir para o chuveiro, onde permaneceu, lidando com a dor, primeiro em quatro apoios e depois sentada no chão com a água caindo em sua barriga e costas.
Por volta das 15h fui ver se ela queria a minha presença ou se precisava de algo e logo reconheci, era ela, a partolândia! Ótimo sinal, já já o bebê chega. Em uma contração segurei a sua mão, outra contração, vontade de fazer força e a bolsa, literalmente, estourou! Parteiras avisadas, líquido transparente, batimentos do bebê ok e vamos continuar. Mais algumas contrações e junto a vontade de fazer força novamente, então, em uma delas ouvimos ela falar “o círculo de fogo” e na próxima contração, segurando a mão do marido, mais uma força e a cabeça do bebê saiu, tranquilamente, no seu tempo. Uma última contração e o bebê terminou de nascer, às 15h18, com cabelos pretos e compridos. Nesse mesmo instante, com a voz trêmula e surpresa, a Aline gritou “é uma menina”, opa, um segundo para confirmar, “sim, é uma menina”!!! Heloísa foi amparado pela parteira e em seguida foi acolhida pela sua mãe e ali ficou por um bom tempo. Muitas lágrimas, emoção e alegria. Um reconhecimento de voz, um chorinho suave e a nova família tinha ali começado.
A Lalá tinha saído para dar um passeio com a vovó, voltou dormindo e não viu quando a irmã nasceu. Mas quando acordou, ficou curiosa para saber quem era aquele bebê que sua mãe estava dividindo o tetê. Logo entendeu quem era e muitos beijinhos e mimos ela ofereceu.
Foi um trabalho de parto rápido e intenso. Um nascimento com respeito, sem toques, períneo íntegro, sem intervenções e com muito amor e acolhimento.
Fico imensamente feliz por me permitirem participar desse momento tão especial. Só tenho a agradecer vocês pela confiança e carinho. Amo vocês!

Um beijo!

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